Tuesday, September 26, 2006


puede rasgarse el cielo por la punzada del relámpago

resquebrajar el maremoto las profundidades marinas

y la vida seguirá su curso.

sólo se entorpece su caminar al romperse el amor, al bifurcarse el camino...


Foto: Chema Madoz

10 Comments:

Blogger Noa- said...

Pero siempre habrá camino...

Saludos

12:45 AM  
Blogger Choninha said...

Muito bonitas as tuas palavras.

Estou contigo, minha favorita, estou contigo no pensamento...

Não podemos mandar no que sentimos. E mais importante que o amor somos nós.

Romper é doloroso. Sentir a dor dos outros também nos dói, como se a ferida fosse nossa. Mas é o caminho. Tudo faz parte do caminho. Beijo.

3:42 AM  
Blogger margarida said...

Bonito! E verdadeiro.

Onde havia pedras, medraram as ervas.
Deitaram raízes as vozes.
Onde se erguia um templo, agora cantam as fontes.
Sagram-se os verdes sentidos assentes no jade.
Como tinha de ser, tapada a vasilha de Pandora.

Em que ponto exacto se diluiu o vértice do caminho?

De pena em pena, na pedra que resvala.
Em Sísifo e no seu recomeço inútil.
Só se divisa o pó na berma da estrada.
Haveria de colher, de raspar, o musgo…

Em que ponto exacto? Na entidade de ti subterrada, ó semente!
Não. Nem só de neve cantam as fontes.

Medra o silêncio.
Mas e as pedras que respiram num choro inocente?
Medrasse o silêncio. Tardarás…

Demorada fronte, olhar velado, lábios divinos. Apetecíveis.
Tardarás sempre, agora, ó Prometeu portador do fogo!
Não mais o gesto será de ternura enforcada,
total entre os cabelos e o dorso.

Haveria de colher o musgo.
De escavar no peito.
De enegrecer as unhas.

Não. Não poderemos esquecer!
Como se fora possível desistir assim do que a alma prende.
É preciso que chova sobre a terracota.
Que no molde cru se entregue as mãos à terra.
Destapar as pedras e sentir a pulsação das palavras,
hoje submersas.

Talvez então, no infinito azul do equinócio,
uma nuvem solta lembre a pomba de Afrodite

e tudo a nós regresse inteiramente.

(escritos resgatados a um tempo circular)

1:29 PM  
Blogger margarida said...

A foto, eloquente!

:)*

1:32 PM  
Blogger Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) said...

SENTIR LA PULSACIÓN DE LAS PALABRAS????

"(HOY SUMERGIDAS)"

EN EL DESCONCIERTO DE LAS PALABRAS QUE SE DIRIGEN COMO DARDOS, PARA DEJAR HUELLA. PARA DEJAR QUE CORRA EL OTOÑO Y LLEVE LAS HOJAS MUERTAS DE UN LUGAR A OTRO, A MERCED DE SU CAPRICHO.

¿CUÁL ES EL PUNTO EXACTO DE LA BIFURCACIIÓN...?

SI YO LO SUPIERA, AMIGA O FOGO, SABRÍA TANTO SÓCRATES.

TU TEXTO ME HA HECHO MUCHO PENSAR. MUCHO.

3:41 PM  
Blogger Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) said...

CORRIJO:

Quise escribir: "si yo lo supiera sabría tanto como Sócrates"

3:43 PM  
Blogger Zénite said...

Que bonito par!

Tão paralelos e tão próximos, que diria unos na natureza e substância. O branco e o negro, a luz e a sombra, o direito e o esquerdo, quiçá o feminino e o masculino. O seu lugar geométrico é um caminho recto, não bifurcado, marginado por curvas e abismos. O nó cordial e afectuoso que conduz ao infinito.(1)

Leio assim, nas tuas palavras, a voz sábia de Heráclito, ao ensinar-nos que a fonte da união é a diferença. A junção dos “contrários”, a que conduz ao caminho único, não bifurcado.


(1) O Blogger não permite colocar o símbolo de infinito dos atacadores dos sapatos,(símbolo de infinito de los cordones de los zapatos?) tão sabiamente colocado.

Abraço, amiga.

6:04 PM  
Blogger Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) said...

LO CORDIAL Y LO AFECTUOSO NOS CONDUCE AL INFINITO.

PORQUE LA FUENTE DE UNIÓN ES LA DIFERENCIA DE DONDE PROCEDEMOS TÚ Y YO. Y LOS OTROS.

HUBO EN TIEMPO Y ESPACIO DOS POLOS OPUESTOS, BIEN OPUESTOS, MUJER/HOMBRE (MACHO/HEMBRA)...

TAN PRÓXIMOS, TAN DISTINTOS, TAN PARALELOS...QUE SU CONJUNCIÓN PUEDE CONSIDERARSE PERFECTA.

ES ASÍ DE SENCILLO Y NATURAL. COMO NATURAL LA VULNERABILIDAD, LA FRAGILIDAD, PARA QUE ESA PERFECCIÓN DEJE DE SER PERFECCIÓN.

AMIGO ZENITE. TUS PALABRAS ME ABREN SIEMPRE UN CAMINO INTERMIABLE POR LAS QUE ME PIERDO Y ENCUENTRO AL MISMO TIEMPO.

GRACIAS.

2:31 AM  
Blogger Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) said...

CORRIJO: CONDUCEN (no conduce)

2:34 AM  
Blogger Zénite said...

Gracias por tus palabras.

Buen fin de semana, amiga.

1:47 PM  

Post a Comment

<< Home