Monday, July 02, 2007
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4 Comments:
O DESEJO
Esse potente Pégaso que galopa a lucífuga ansiedade pelas dunas,
Que se volatiliza em ondas de prazer pela praia deserta,
Que sobe em espirais etéreas pela escuridão da noite, buscando o infinito,
Essa raiz do fálico Hermes, que quebranta a feiticeira Circe,
Esse pomo proibido da Edénica Estância, que habita Adão,
Esse oceano insaciado de vagas de carnal prazer,
Esse perfumado zéfiro que de repente se transforma em violenta tempestade que brame e freme e carpe,
Essa inconforme e inacabada volição,
Esse númen incitador, que não distingue o possível do impossível,
é ele e só ele, que, convertido em Amor, faz girar o Mundo!
“el deseo,
como el reflejo en el agua,
ha de ser idéntico.”
Sim, é bom que seja idêntico.
Como gosto do teu verbo!
Abraço, Unafresa, e uma noite tranquila.
P.S.: ainda não me disseste se decifraste o que te enviei há dias. A pergunta, ou melhor, a dúvida, foi tua. Bastará dizeres: "sim, entendi"... ou "não, não entendi" ;)
Auqi vai de novo:
L1,U8Í3S
P.S.2: Já pareço o Arturo Perez- Reverte em "La Tabla de Flandres" ;))
Leste o livro? Muito interessante.
Tenho à minha frente, sobre a secretária, "O Pintor de Batalhas", do mesmo autor, mas ainda não comecei a ler.
o desejo é muita água a ser
e
s
p
e
l
h
o.
espelho dum só rosto.
Zénite. No he leído el libro de Pérez Reverte, todavía, pero lo leeré. Basta que tú me lo recomiendes. No obstante, no soy proclive a ese tipo de literatura. La aventura no me apasiona demasiado aunque yo sea aventurera por naturaleza. Es decir prefiero tomar parte en ella, como en el deporte. No me gusta verlo por TV, sino practicarlo.
Un abrazo amigo.
Afundo-me no braço manso da ria
rente às pedras polidas
sobre a fundura das raízes
e regresso à superfície contigo
onde a película se perfila mais pura
e brilha e flutua
como um anel de crepúsculo liquefeito
sobre a leveza dos juncos.
__
Sugestiva foto, para espelhar
"el deseo,
como el reflejo en el agua"
Bom fim-de-semana, amiga!
P.S.: quanto ao livro de Pérez-Reverte - “A Tábua de Flandres” -, não se trata propriamente da narração de aventuras.
Nos finais do século XV um velho pintor flamengo introduziu num dos seus quadros, em forma de partida de xadrez, a chave de um segredo que pode mudar a história da Europa. Cinco séculos depois, uma jovem restauradora de arte, um antiquário e um jogador de xadrez unem esforços para resolver o enigma.
Gosto do livro, mas acho-o um pouco maçador. Tive que voltar ao princípio bastantes vezes, por “cansaço” por, entretanto, ter “perdido o fio à meada” como por aqui se diz.
Dir-te-ei se gostei de “O Pintor de Batalhas”, que lerei depois do Verão. “El País”, “ABC”, La Razón” e “El Cultural” tecem-lhe boas críticas.
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